Todo mundo louco. Tudo ao contrário, tudo errado!E, dessa vez, arrisco que a culpa não é só do sistema. Desde 2002 as coisas lá pelos lados de Brasília tomaram um rumo um tanto quanto duvidoso, para ser educada.
A capital do melhor do Rock, dos primeiros acordes de Renato Russo e Dado Villa-Lobos; a capital idealizada por Juscelino e concretizada por meio dos traços marcantes de Oscar Niemayer; a capital centro dos maiores acontecimentos democráticos (e, inclusive, responsável pela volta da Democracia), mofou.
É dinheiro na cueca, mala voadora, fraudes milionárias, propina, propina e mais propina. Não bastasse, contamos ainda com Sarney, Collor e Severinos. Sem falar nos mais esquecidos pela mídia, tais como Palloci, Jader Barabalho e o tal Paulinho da Força Sindical, entre tantos outros.
No entanto, o mais apavorante não é rever Sarney roubando e o Collor lá de novo. Dói sim morar em um país em que as pessoas não têm memória e reelegem políticos deste calão. Mas o que mais dói é ver a traição de um político outrora tão querido pelo povo e que tinha tudo para ser marco – de modo positivo – para a história do Brasil.
Não debato aqui a popularidade em números do Presidente Lulla. A região nordeste é grande (e sua maior eleitora). É repugnante ver o poder que o dinheiro tem de comprar pessoas e corromper. Mas não ouso julgar os beneficiários das ditas políticas sociais, tais como bolsa-família, bolsa-escola e por aí vai. Ouso apenas debater os fatos.
Abra qualquer livro de história, se tens menos de 30 anos. Ditadura militar. Diretas Já!Caras Pintadas. Acharás em meio a isso tudo, um metalúrgico humilde, passando fome, e erguendo uma bandeira vermelha com uma estrela. É isso aí companheiro, hoje ele se encontra no Planalto Central graças a nós.
A maior decepção do Brasil é justamente este homem inofensivo, humilde e magro que vês nos livros com a bandeira em punho e discursos calorosos. Este o homem que tinha, com o perdão da palavra, culhão para chamar Sarney de “grande ladrão” e ser o primeiro a assinar um abaixo assinado para depor Collor, hoje, em um grande gesto de traição, se junta a estes e a suas respectivas maneiras de governar.
O problema não é jamais a falta de escolaridade, classe, elegância ou etiqueta. Confesso sim, que julgo importante para a apresentação de um País, a figura de um presidente bem apresentável. Todos compartilhamos a piada que o Brasil é para o resto do mundo. Somos só carnaval, futebol, samba e dando um jeitinho tudo se resolve. Cabe a um bom líder mostrar que temos muito mais. Porém, tudo isto poderia ser amenizado, quando este mesmo líder tem ética, princípios e valores para fazer política. Tem pulso firme, para colocar ordem na Casa e não ser mais um baderneiro de quinta categoria.
Desde que fora eleito defende toda e qualquer forma de corrupução. Incapaz de adotar uma postura imparcial para que se proceda às devidas apurações, ferrenhamente encoberta qualquer um que venha a cometer um “deslize”, para não dizer: que venha a roubar o dinheiro público, para conhecer as belezas européias, comprar jóias as amantes e claro, chocolates suíços – reconheço que pelo menos bom gosto estes canalhas tem.
Não importa ao nosso Presidente se o ladrão da vez pertence ao próprio PT ou se será um tucano ou "democrático brasileiro" . O importante é proteger-se. Chega até a ser comovente ver o quanto ele levou a sério o lance do “companheiro”. E comove mais ainda, o jeito que ele despreza e esquece de quem realmente foi o seu companheiro: o povo.
Se antes os jantares com o ex-presidente Collor se mostravam, no mínimo, estranho. A história de Lulla na Presidência delineou exatamente o momento em que vivemos. Só não via quem não queria. “Diga-me com quem andas que te direis quem és” – nem de total verdade, mas longe de ser uma mentira absoluta, em meio a tanta corrupção, corrupto maior é aquele que consente.
De grande ladrão, Sarney passou a ser uma pessoa incomum. E o próprio digníssimo Luiz Inácio atribui essa magnificiência do Senador Sarney a sua história na política brasileira. Se Fernando Henrique chamou os aposentados de vagabundos, o nosso ex companheiro chama todo o Brasil de burro.
É que como querer afirmar que a inquisição nunca existiu. Criemos então o Ministério da Verdade, aquele idealizado por George Orwell em sua obra `1984`. Total involução, em pouco tempo, viveremos novamente os alvorços de uma Ditadura. Afinal, não duvido nada que depois de uma tentativa de terceiro mandato, se a sua amada Dilma Roussef não se eleger, um golpe de Estado não me surpreenderia nada.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
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mt boooooom
ResponderExcluirnota 10!!
Será?
ResponderExcluir(só imaginação)